O estimulo que um clube não tem!

Tenho o péssimo hábito de me apaixonar demais pelo que faço. Vou me emocionando com as possibilidades que me apresentam e logo me coloco a disposição para fazer as coisas. O certo é que se você fizer as coisas tão somente para você elas se tornarão muito mais fáceis ainda que você esteja só. A decepção consigo é natural porque no fundo nós sempre soubemos até onde poderiamos ir.
Acontece que quando se lida com um grupo é triste ver que de tudo que se pensa na maioria das vezes só paramos pra discutir problemas e não soluções.
Vejo estes grupos de fusqueiros que tem por aí e me da uma inveja (positiva) porque enfim é um bando de gurizada cheia de alegria e sem vícios passados que os impessam de progredir em suas aventuras. Não dar certo faz parte do sistema. Acreditar que vai dar é o que realmente nos impulsiona a lutar. Ficar maduro de mais tem um pouco disso trabalhar sempre com o freio puxado. Mas sempre? Putz isso torra o saco.
Já me apaixonei demais,já pensei que os outros saberiam tão mais que eu que fiquei ali só escutando para não dar bola fora. Mas vejo que na verdade essa questão de participar de um grupo fica muito mais na idéia do como ele seria interessante do que ele realmente é. Todo mundo quer mas ninguém faz. Todo mundo exige mas não vai.
Tomo mundo concorda mas deixa de comparecer. Todo mundo critica mas meia dúzia realmente fazem e se envolvem com os compromissos.
E pra criticar como tem, sem dizer os que criticam veladamente.
Depois de mais uma reunião pra buscar soluções encontro mais um balde de água fria.
Fico pensando porque será que me envolvo tanto.
Porque?
Será que sou muito otimista ou infantil demais?
Pensei, me envolvi, envolvi pessoas, discuti, fiz, refiz, fui atrás, liguei, escrevi, perdi tempo desenvolvendo e tudo isso pra que.

Bom quando os impedimentos vem de toda a parte só resta recolher as minhocas porque infelizmente não teremos pescaria.

E assim de saco cheio e triste porque tenho sentimentos pelo que gosto, volto pra casa. E vejam só quando vou pindurar a chave do fuca no chaveiro que por sinal é um fuca também encontro ali uma carta fechada me esperando. Com a luz do corredor apagada logo pensei que seria um bilhete dizendo o que comprar no supermercado no outro dia.
Engano meu encontro essa carta escrita pelo meu filho de 9 anos para mim que diz o seguinte pra quem não entendeu a letra do meu artista mais acima:

Pai te amo, você é o mais bonito desse bonito, te adoro tomara que a gente consiga fazer bem legal o "encontro de fuscas". Adoro seu blog Macfuca. A gente tem varias coisas iguais, adoramos carne, eu e você gostamos do cheiro de vinho, gostamos de fusca. Enfim te adoro muito, a novela a mãe disse que o fim esta sendo bobo, a Natali pode ser deputada, o Léo morreu porque o Cortes mandou o negão para matar o Léu na cadeia, os homens que namoravam se casaram, a Marina ficou com o Rau, que mais tempo depois!!! BOm não sei mais então fiz essa carta para te falar que eu te amo muito.
Um abraço
Fernando

E assim me convenço que o que eu realmentre preciso alimentar e me dedicar é a esse tipo de amor incondicional que nos impulsiona e nos faz acreditar em alguma coisa.
Terminei a carta chorando logicamente porque junto com minha desilusão veio mais um monte de sentimentos que fico tentando filtrar no dia a dia.
Talvez eu seja mesmo somente um exagerado ou exigente de mais em relação as pessoas.
O que fica certo pra mim é que mesmo quando pensamos que em nada mais vale acreditar ainda assim temos alguém que esta sempre acreditando em você.

Obrigado filho eu sei que dependendo de você o nosso encontro de fuscas sempre será um sucesso ainda que na imaginação porque felizmente nos nossos sonhos as pessoas não podem ainda se infiltrar e neles plantar a semente do não realizar.