Fazer falta!

Por mais que busquemos razão para explicar a ausência das pessoas em nossa vida, nunca nos damos por satisfeitos nem mesmo com as explicações divinas.
Perdemos um amigo fusqueiro de forma estúpida a poucas horas e o vazio que ele já deixou, explica um pouco a qualidade da pessoa que ele era.
Qualidade que nos deixará como exemplo do que ainda temos tempo para podermos nos transformar.
Perdemos tempo com discussões inúteis e só prestamos atenção no que a perda significa, quando ela realmente se estabelece.
Não era tão próximo ao Lucio, como esses tantos amigos que moram em Passo Fundo ou nos arredores, ou mesmo desses que tantos encontros de fusca dividiram com ele.
Graças a essa união que a internet nos proporciona, principalmente com as redes sociais, conheci ele em um encontro.
Com as publicações em meu blog, mantinha contato sobre os eventos e imagens que tanto gostamos de publicar.
Participando de montagem de encontros, trocava com ele idéias e experiências a respeito do que era melhor ser feito
e enfim, das tantas coisas que isso envolve e de algumas pessoas que no lugar de colaborar, perdem tempo fazendo vento.
Não estamos sempre com todos que gostaríamos de estar mas o fato de sabermos que estão ali para qualquer momento nos conforta.
E assim a vida vai passado e temos a sensação que as pessoas nos pertencem e estão ali.
Basta uma clicada no facebook, uma mensagem enviada e pronto. Tudo resolvido.
Mas a vida não é confortante a todo o momento e nunca saberemos lidar com as perdas.
Somos egoístas natos. Mas não por maldade de personalidade, mas por querermos ter sempre o conforto de termos quem
amamos ou gostamos, por perto.
Podemos não nos falar, mas queremos saber que esta ali.
Seguiremos, evidentemente, o destino que a vida nos guarda e a tarefa de cuidar daqueles que precisam da gente.
Porém, hoje depois de escrever essas poucas palavras para transcrever um pouco do que esse amigo vai deixar de vazio em nossas vidas,
tenho a certeza que temos de aproveitar cada minuto que temos pela frente.
Não saberemos explicar, não conseguiremos achar a razão e nunca teremos o que a ausência do amigo representa,
mas ainda assim teremos a lembrança de um cara bacana, uma figura altiva, representativa e feliz.
Quem dera eu um dia represente uma parte do que os 33 anos do Lucio conseguiram deixar para todos nós.
Esse é o espírito, lembrar do que a vida dele representou e nos deixou como ensinamento e não somente do cara que ela acabou de levar embora.
Sempre estará entre nós.