Se meu computador Apple falasse

E ele fala e canta, como se nota no sucesso do rapper Fatty Spins que gravou vídeo clipe diante de um dos muitos computadores em exposição na loja da Apple na 5a. Avenida, em Nova Iorque. “Apple Store Love Song” tem letra recheada de nomes de programas e equipamentos criados por Steve Jobs e reproduz a relação de amor que a marca constrói em seus consumidores.
Fatty não é o primeiro a se destacar com performances diante das máquinas. Um garoto de 13 anos, Nicholi White, usou de recurso semelhante para se transformar em “You Tuber”, pessoas que ganham notoriedade da rede social de vídeo. Em visitas constantes ao tubo de vidro na 5a Avenida, Nic colocava o Itunes a tocar rap e plagiava a música diante da Isight embutida no computador. Os vídeos gravados no próprio equipamento migravam para o You Tube. Em pouco tempo, o garotinho com desempenho artístico medíocre - o suficiente para ser engraçado - virou “celebridade”.
Performances deste tipo só ocorrem nas lojas da Apple porque o conceito que Steve Jobs levou para a rede permite. Sobre mesas brancas enormes, computadores, notebooks, Iphones, Itouchs e Ipods ficam à disposição para serem manipulados pelo público, sem qualquer compromisso. Os vendedores fazem intervenções cuidadosas para não permitir que o consumidor se sinta pressionado a deixar o local. Resultado, as lojas estão sempre cheias.

Ao ver esta relação de amor com a Apple, fico a imaginar que música eu cantaria diante do meu fuca se nele houvesse um câmera.