Dia Internacional da Mulher

 Dia Internacional da Mulher.

Não poderia ter fotografia melhor pra lembrar essa data.

Essa moça ao lado do fuca é minha mãe Ruth Müller Jung que a muitos anos se foi.

A vida lhe foi curta perto do que eu precisaria dela por perto.

Das pessoas com quem a gente se identifica na família minha mãe era
 alguém que me servia de exemplo.

Dedicada, com muita iniciativa nunca espera pra ver

 se os outros poderiam fazer por ela.

Sempre estava a frente.

Alguém que estivesse com algum problema, lá ia a dona Ruth acudir.

Parentes, amigos sei lá quantos foram os que ela ajudou em sua curta passagem.

Se me perguntarem o que me faz muita falta nessa vida com certeza diria minha mãe.

Talvez seja um pouco ilusão pensar que ela se aqui estivesse poderia amenizar as tantas coisas pelas quais já tive de passar.

Na verdade eu não consegui tempo pra dizer tudo que queria e nem pra 

poder retribuir tudo que gostaria. 

Quando vi,  a vida se foi.

Junto com ela se foi o poder centralizador da família de deixar tudo no seu lugar.

A casa pintada, os quadros os trabalhos manuais espalhados pela mesa na sala de jantar.

O grito na janela no início da noite para voltar pra casa e sair da rua.

O chinelo que as vezes voava pelo corredor quase me pegando na entrada da sala.

Eu aprontava as vezes.

E nessa mesma casa vivo até hoje, porém não mais com a família de infância mas

com a que construí ali dentro.

Lúcia, Vitória, Fernando estamos todos ali de certa forma representando e sustentando tudo que ela conseguiu construir com sua força e dedicação, logicamente a nossa maneira.

E assim dedico esse rápido relato a todas as Mulheres que de uma forma ou outra sustentam esse mundo de Homens que muitas vezes se acham tão suficientes mas que nem existiriam se não fossem gerados por uma Mulher.