Por Daniel Alano
Ontem á noite parei para pensar um pouco, pois nos dias de hoje bendita seja à hora de pensar, refletir e descansar, enfim desligar do cotidiano. Pois ontem foi um grande dia, daqueles que quando termina nós refletimos o que é a vida.
Bem eu à alguns anos atrás andava de Miura, depois mais tarde um pouco, Omega, Fiesta e até mesmo de Vectra, pois foi ai que vendi o Vectra para angariar fundos para o término da minha casa e fiquei sem carro. Junta Daqui, pega dali, arranjei uma mixaria para comprar um carro, sendo assim fui atrás de algo que me agradasse, a mim e ao meu bolso, comprei uma Brasília LS, 1980, de um único dono, caminhoneiro de Três Cachoeiras, cidade do interior do RS, bem cuidada, porém carro de caminhoneiro que usa para o dia à dia em cidade de chão batido. Foi ai que ao andar na Brasa tive a sensação de retornar ao passado pois meu pai em 1980 também dispunha deste modelo. Resolvi compra-la e comecei a investir na Jurema, nome dado a ela por mim pela cor verde, lembrando a ervilha famosa. Tive como grande incentivador o CHRISTIAN, meu colega de trabalho que já era dono do MacFuca e grande apaixonado pelo mesmo, através dele fiz algumas modificações na Brasa e continuo fazendo pois isso não acaba nunca, e se um dia acabar acho que tudo perde a graça.
Foi ai que me viciei nesta cachaça, um dia estava no meu mecânico e ele me convidou para dar uma passada na casa de um senhor que era chapeador, restaurador de ótima qualidade conhecido como PREGO, entrei no pátio da casa dele e lá deparei com um cemitério vivo de fuscas pois o “fusca nunca morre”, olhei um dos fuscas atirado no pátio e acho que foi amor a primeira vista apesar do estado deplorável do bichinho. Depois de alguns meses, ao lembrar do fusquinha lá atirado, e juntar mais uma graninha, retornei ao local, chegando já de cara perguntei se ele queria vender o fusca azul atirado no pátio e se o restauraria para mim, ele me disse que sim e fechamos negócio.
Daí em diante foram seis meses de muita paciência, angustia e esperança, e a cada dia que eu lá retornava via que o PREGO não se tratava somente de um chapeador , mais principalmente um grande profissional tendo seu trabalho como alicerce de uma vida.
Foram seis meses de idas e vindas, de compras de peças, de palpites dados por mim, de detalhes lembrados pelo PREGO, de tira daqui, coloca dali, enfim todo o trabalho que da a criação de um filho, e ontem foi o dia do nascimento dele ou melhor de sua liberação do hospital chamado OFICINA MASSONI, localizada na parada 40 de Viamão, o rapaz se trata de um Fusca 1972, motor 1500, azul pavão, agora lindo e saudável, ainda com algumas coisas de forração para fazer mais nada que um bom estofador não resolva.
Pois bem terminando meu relato queria agradecer pela oportunidade de ter me apaixonado pelos VW a ar, tendo como grande entusiasta o CHRISTIAN e pela restauração do BLUE, nome dado por mim ao Fuscão, ao PREGO, que ontem ao me entrega-lo, marejou seus olhos como quem olha um filho indo embora depois de criado, alem é claro da amizade criada entre eu e ele, que só essa ai não tem preço que pague.
Obrigado amigos por tudo, e agora é só andar com o bixinho e curtir todo o prazer por ele proporcionado.
domingo, 19 de junho de 2011
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Bah! os caras compram os fuscas e se tornam escritores. Baita texto hein San!!! Aposto q isso é contágio do Macfuca.
ResponderExcluirO próximo passo é entrar para a turma do fusca clube.Estamos te esperando. Padrinho tu já tens e é dos bons.
ResponderExcluirMárcio.
Fusqueiro pelo visto é pretexto para soltar as palavras, e vc meu amigo da mesa ao lado quando vais mandar ver naquela tão esperada Kombi. Ai sim fecha o grupo! E o cerimonial rsrsrsrr.
ResponderExcluirAbração
Grande Marcio sempre firme conferindo as postagem do Macfuca. Obrigado pela força. Abração
ResponderExcluirFala meu velho!!! como gostamos de nos cumprimentar de chegada ao serviço. Grande postagem, obrigado pelos comentários de todos e como disse o Christian ta faltando só a corujinha cabine estendida agora, para que fassamos uma cerimõnia daquelas em um emcontro de domingo. Esperamos então por um novo escritor. "Que venha o poeta da Kombi".
ResponderExcluirNossa, criaram a filosofia da oficina!!! Muito bem, meus mimosos, a vida é isso: simplicidade, felicidade e renovação.
ResponderExcluirBjs. Martini