quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

De onde vêm a paixão brota até pé de feijão!



É como digo: fusqueiro não tem perfil definido.
É paixão que fica ou se passa para os filhos.
Exemplo disso segue logo abaixo no texto de Mariana Godoy.
Com certeza, vocês que seguem esse blog já assistiram ao desempenho dela na TV.
Hoje, Mariana está à frente do programa “Mariana Godoy Entrevista”, na Rede TV!.
Conversando com a amiga Abigail Costa (minha cunhada), Mariana revelou ser proprietária de um lindo fusca 62.
Não bastasse isso, ainda nos escreveu engraçada história a bordo de um fusquinha.

Que venham outras!

Por Mariana Godoy:

Nem sei por onde começar... Minhas lembranças com fusca são da época em que eu cabia no bagageiro, atrás do banco!
Eu e minha irmã íamos ali e cabíamos perfeitamente...
As bolinhas do teto que pareciam se mexer, aquele cheiro, característico, o banco de molas, tudo isso me agrada muito, até hoje.

Voltando à infância.
O irmão da minha avó Alair, tio Cid Pimentel, ia nos visitar na chácara, em Amparo, com seu fusca branco. A placa era 9020. Eu me lembro de cada detalhe.

Eu ia abrir a porteira do sítio e depois de pedir com jeitinho ele abria os vidros e me deixava ir os 50 metros até a casa do lado de fora do carro, naquela lateral que dá para pisar.
Aventura perfeita para uma criança dos anos 70.

Mas a melhor história com fusca talvez seja a do "trovão azul", um fusca 66 azul escuro que meu pai teve por um ano.

Verão, sítio, piscina, primos, tias e avós na mesma chácara. Férias.

Minha mãe pede para a gente ir comprar feijão.


Eu, adolescente, saio da piscina, molhada, jogo uma camiseta comprida por cima do maiô e me ofereço para ir dirigindo até a venda que ficava a menos de um km de distância.
Perdi, claro, para um primo mais velho que já tinha carta.

Fomos. E voltei com o saco de feijão no colo. O saco era de papel, (naquele tempo era assim que se comprava grãos no interior, a granel) molhou e rasgou .
Eu tive que fazer um malabarismo para não deixar todo o feijão se perder. Fui levando na camiseta, até a cozinha.

Uma semana depois, um lindo pé de feijão aparece dentro do carro, uns quinze centímetros de altura já! Quase um palmo e com duas folhinhas verdes, aos pés do passageiro (minha mãe) que queria saber como alquilo nasceu ali!
Terra dos pés sujos de areia?
Água das saídas da piscina?
Da chuva de verão de toda tarde?
De algum furinho no piso? Só sei que nasceu, ao lado do tapete de borracha, um pezinho de feijão para eu contar essa história de como meu pai cuida bem dos carros dele!



2 comentários:

  1. Hahahahaha... cuida muito bem! De um tempo onde o "tudomentecorreto" não tirava a graça da vida!
    Muito boa lembrança!

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