Por Christian Jung
É engraçado quando não trágico essas coisas da idade.
Traçamos perspectivas por um bom tempo da juventude e sem elas certamente a vida não teria o mesmo gosto.
Vale lembrar que muitas delas com o passar dos anos vão mudando de rumo e algumas até se pulverizam com o tempo.
Estar nesse meio caminho entre o que se foi na infância para adolescência e a vida adulta para velhice faz uma mescla de sentimentos e atividades onde já o corpo não responde com a mesma velocidade do passado. Às vezes nem a cabeça.
O saldo desse tempo esta diretamente ligado as oportunidades que você teve ou não, a sorte ou azar, o esforço e empenho nos estudos, a escolha da atividade certa que lhe trará uma tranqüilidade financeira.
Utopia!
A vida é sim uma caixa com várias histórias misturadas, algumas escutadas e outras tantas vividas. Resultados de uma matemática onde se soma ou diminui as suas “cagadas” e que lhe compensa com uma boa pá de amores e amigos que estarão ao seu lado para dividir os bons e maus momentos.
Quantas vezes deixei de fazer o que gosto esperando a melhor oportunidade chegar.
Não da pra esperar.
Se chegar muito bem! Se não, o tempo foi.
Sigo de fusca e ando de skate! Mas o que isso “guri”? Ainda nessa vidinha?
Nessa etapa me deparo com um pouco menos de paciência que talvez tenha tido um dia.
E bem menos agilidade.
A maturidade faz que entendamos o quando alguns nunca irão amadurecer.
Incluindo-me nisso é lógico!
Pessoas legais, algumas que eram legais, mas nem tanto. Outras sacanas desde o início.
E que não nos demos conta!
Algumas muito mais legais do que conseguimos ser até hoje.
Agora é o que se teve e o que teremos pela frente!
E nessa frente que pode ser fria ou de calor vamos perder alguns contatos por coisas idiotas, mal entendidos que poderiam terminar em uma cerveja na mesa do bar.
Pelos brancos é “mato”, falta de cabelo é fato!
Sou um chato de mim mesmo. Por vezes não me aguento.
( já sei deves estar dizendo: eu também! )
Me assusta o fato de dizerem que o nariz e as orelhas nunca param de crescer. Nossa!
Diz que a culpa é a tal da elastina e do colágeno quando as fibras começam a se quebrar.
Perdem volume a boca e o rosto. Put... q... pari.......! Ferrou geral!
Enfim!
Tem coisas que fogem das mãos, pessoas difíceis que tentamos puxar para nós.
No fundo nunca serão.
Na verdade nem a elas mesmo pertencem.
A gente tenta, ajuda. Às vezes acha que tem razão em tudo. Por vezes recebe auxílio!
Não vê coisas simples e perdoa muito pouco.
Pouco mesmo!
A vida, ah essa vida é efêmera e como escreveu o poeta Mário Quintana no poema O Tempo:
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... .
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
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