terça-feira, 26 de maio de 2015

Nossa missão na terra é tentar ser feliz!

Assim disse o Empresário Fausto Stuqui, que largou tudo e se aventurou em uma viajem apenas acompanhado da sua kombi de apelido "Caipirinha!"
Vou reproduzir aqui o texto publicado na matéria feita no site G1.

Cansado de viajar através de fotografias e documentários, o empresário Fausto Stuqui, de 34 anos, decidiu largar tudo, transformar uma Kombi de 1986 em sua casa e sair de Jacarepaguá, bairro onde mora, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em uma viagem de quase um ano pela América do Sul. Depois de oito países e 26 mil quilômetros rodados, ele retornou há 1 mês, quase sem dinheiro, mas com muitas histórias na bagagem.

"Eu fiquei muito curioso com o que existia depois da curva. Eu sempre olhava pra frente e pensava: 'O que tem lá?' Eu queria conhecer o mundo e ver com meus próprios olhos, essa foi a maior motivação. Passei a maior parte da minha vida vendo filmes, fotos, documentários e uma hora cansei de ficar no sofá. Eu queria ser o protagonista", explicou.


Financiamento coletivo
Batizada de “Caipirinha”, a Kombi enguiçou 16 vezes durante a viagem – que aconteceu entre junho de 2014 e abril de 2015. O destinos escolhidos foram: Venezuela, Chile, Peru, Colômbia, Equador, Argentina, Uruguai e Brasil. Mas foi na terra de Messi e Maradona onde aconteceu o pior dos problemas mecânicos: o motor explodiu. Para evitar que o imprevisto decretasse o fim da aventura sul-americana, Fausto teve a ideia de apelar para um financiamento coletivo.

"Na Argentina, a luz do óleo acendeu. Eu abri o capô do motor e ele tinha explodido. Depois de três reboques cheguei numa cidade e um mecânico me deu o diagnóstico: eu precisava comprar um motor novo. Respirei e vi que o financiamento seria uma solução. Divulguei através do Facebook, consegui arrecadar R$ 3,5 mil, trocar o motor e seguir viagem para o Chile", contou.


Planejamento de 4 anos
A ideia da viagem surgiu há 4 anos, após Fausto conversar com um estrangeiro em uma academia de Ipanema e perceber que o turista conhecia mais o Brasil do que ele próprio. O empresário decidiu então juntar dinheiro e passou três anos pesquisando os veículos e planejando a transformação da Kombi em sua própria casa.

"Levei tempo para transformar o conhecimento em conhecimento aplicado. Procurei a Kombi no Rio de Janeiro, mas eu não entendo nada de carro, só encontrava veículos destruídos pela maresia. Numa madrugada insone eu entrei num site de busca e encontrei uma de Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Me perguntam por que uma Kombi e se eu gosto do estilo retrô. Eu digo que foi o que deu para comprar com o dinheiro que tinha naquela época, R$ 5 mil", disse.

O dinheiro para viagem veio do aluguel de uma quitinete do qual ele é proprietário, em Copacabana, do comércio de comida vegana que ele próprio cozinhava, da venda de móveis, roupas e utensílios domésticos. Para conseguir se adaptar, Fausto começou a dormir na Kombi durante 1 mês enquanto ela ficou estacionada em frente à casa de seu pai. "É tipo uma barraca de camping, mas o organismo se acostuma."



Aventura vai virar livro
De volta ao Brasil, ele agora planeja escrever um livro sobre sua aventura ao reunir as histórias que escreveu em um diário durante os 274 dias de viagem. Além disso, ele já projeta a próxima expedição: uma viagem solitária de veleiro do Rio de Janeiro até o Pacífico Sul.

"Vivi entre o céu e o inferno durante toda a viagem, uma montanha russa de sentimentos e recebi uma nova vida de presente. Este diário agora vai virar um livro, mas não apenas de aventuras. Pretendo ajudar as pessoas a realizar sonhos – quase como uma receita de bolo – sendo um facilitador entre sonhar e realizar. Eu não consigo me desfazer da Kombi mais. Sou apaixonado por ela, foi um marco na minha vida."

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